O mal das Redes Sociais.

O mal das Redes Sociais e a grama do Vizinho

Quando um ser é concebido uma série de coisas vem a cabeça dos pais biológicos, e, dos pais que criam! Pois sim, há apenas os pais biológicos (os que fazem o ser, e os que criam, que são aqueles que dão amor, cuidam dos direitos e deveres e levam a "cria" para os locais de lazer sem pensar antes neles em primeiro lugar).

Mas o assunto aqui são as Redes Sociais e a Grama do Vizinho!

Há alguns anos atrás, quando os meios de comunicação eram reduzidos ou limitados de um lugar para o outro, existiam apenas as pessoas, em grande parte. As mesmas se comunicavam ou não se comunicavam. 😰 As que se comunicavam, ainda tinham seus problemas familiares, de círculo de amigos e ex amigos, problemas com os filhos, pais, avós...essas coisas que todas as famílias possuem. Além disso, também tinham vida particular, alegrias, vivências, coisas maravilhosas. 

Os conflitos sempre existiram desde o início dos tempos, porque ser humano é assim mesmo. E as coisas boas também. Entretanto, se existem coisas boas, bora focar nelas. Viver as coisas boas.

As pessoas mais distantes sempre meteram a colher e até hoje metem a colher no que não lhe diz respeito. Naquela época, as pessoas que metiam a colher eram chamadas de "Marocas", "Fofoqueiras". Se sentavam para fofocar e falar da vida alheia. Às vezes, até conheciam a pessoa, outras nunca as tinham visto, mas estavam no círculo de cadeiras, e não tinham assunto, nem nada para cuidar além do aguçamento para fuminar a vida que não era a sua, já que lhe sobravam tempo ocioso para focar em outras coisas que não agregavam em nada (coisas de gente que não tinha um tricô para fazer, um trabalho para investir, uma obra de caridade para focar, atividade física...tantas coisas que poderiam lhe fazer tão bem...).

Surgiram as Redes Sociais

Após as Redes Sociais, as pessoas deixaram mais claro que a vida do "outro" as incomodavam. Surgiram vídeos com ensinamentos de como educar seu filho (não o delas), melhores medicamentos para tratar de um resfriado sem precisar de um médico, agências de modelos sem precisar de cursos caros. Surgiram pessoas que se diziam profissionais para cobrar por conselhos profissionais sem nunca ter estudado sobre isso,  forma adequada de cuidar de seu animal de estimação, regras de como se portar na sua vida particular e na sua casa. Enfim, as pessoas continuaram esquecendo que elas tem UMA VIDA! Que é a delas, e que precisariam de foco para construir algo verdadeiro. Real. Isso tudo, sem precisar prejudicar o outro que se esforçou para estar na posição que está, estudou muito e focou no que importava de verdade. (Reflexão).

Compartilhar coisas hoje em dia está tão comum, que ninguém reflete sobre as consequências disso.
Não precisamos compartilhar algo que recebemos via Whatsapp para outras pessoas. Pergunte antes se a pessoa deseja receber aquele arquivo antes de enviar. Ficar enviando correntinhas pra quê?! Pra você ficar rica (o) sem precisar se mexer da cama? Falando nisso, já ficou rico enviando correntinhas? Já educou seu filho ou animal de estimação usando essa estratégia? Pode ser que algumas coisas sejam úteis, mas a maioria desses lixos eletrônicos são apenas lixos! Não são receitas que vão servir para todos (as). Assim como um alimento pode causar alergia para uma pessoa e não causar nada para outra. Entende?!

Com tudo isso, parece que a vida DO OUTRO é mais interessante que a sua. Parece que a pessoa, ou nós nos esquecemos de viver nossa vida, de curtir mais, de viver nossos conflitos da NOSSA VIDA.

É aquela história famosa do vizinho que não cultiva a grama, mas vive na janela cuidando da grama do vizinho, sabe qual melhor adubo, o melhor lugar de plantar a grama, o melhor corte, onde guardar a erva daninha que nasceu e o vizinho a retirou da grama.

Sabe o que mais fico intrigada? É que a vida, apesar de não nos darmos conta, é tão sensível e tão curta que se vivermos a vida que não tivemos nunca mais teremos oportunidade de voltar no tempo e aproveitar a NOSSA vida. 

Os conflitos podem gerar mudanças, mesmo que difíceis. São importantes para nossa evolução como seres humanos. Óbvio que não precisamos usar armas ou machucar o outro. Mas dialogar sempre. Pois é a falta de contato e diálogo que criam as marocas e os fantasmas. 

Se pensarmos, hoje em dia é mais fácil enviar um vídeo no Whatsapp ou postar algo no Facebook que visitar a pessoa que recebe a mensagem, não é mesmo?! Pra que sairmos da nossa rotina que repetimos todos os dias igualmente, se é mais fácil alfinetar o outro?! 

Será que isso faz bem? O que vamos levar de bom disso? É bom ficar sentado só olhando a grama do vizinho crescer e deixar de tomar uma atitude para plantar a nossa? Como é ter uma grama, já pensou?

Arriscar a tentar algo "fora da nossa caixinha" é difícil, não é mesmo?! Mas o vizinho está vivenciando essa tomada de decisão e saiu de dentro da caixinha dele. Está feliz e acompanhando cada novidade que nasce sob a grama que ele plantou e está cuidando.

Às vezes precisamos nos colocar no lugar de uma "maroca" e da outra pessoa qualquer para sentir o que ambas sentem.

Tenha um lindo dia.

Plante a sua grama.

Até breve.